sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sonhos - Termômetro do estresse

Bom, final de semestre, várias atividades, tarefas inadiáveis. A solução é sentar-se à frente de um computador e encará-lo por horas a fio. Ainda bem que acabou (quarta-feira), mas decidi escrever sobre isso. Desde a semana passada, venho escrevendo muito, principalmente nos últimos dias.

Entre terça e quarta, apelei, fiz uso de duas latas de energético enormes para poder me manter acordada, sem ao menos piscar os olhos. Tudo bem, entre 4h40 e 6h30 da manhã, eu dormi. Quando despertei, parecia uma morta-viva. Liguei o notebook, os olhos tremiam quando fazia força para que se mantivessem abertos. Tomei um banho quase frio, não deu certo. Fui ao mercado comprar mais um energético. Consegui ficar acordada até 19h30, quando comecei a dar sinais de cansaço novamente. Tomei café. Por fim, enviei o ensaio final da disciplina de Sustentabilidade às cerca de 22h. Mas hoje, sexta-feira, ainda me sentia cansada.

Todos sabem que meu objeto de estudo é a Ilha Grande, mais especificamente o Aventureiro. E, como leio e penso na Ilha todos os dias, terrivelmente, meu termômetro de estresse também é minha Ilha preferida. Vou explicar melhor: quando me sinto pressionada, ansiosa, estressada, irritada, triste, sonho que a Ilha está sendo atingida por tufões, ciclones, tempestades, grandes ondas, lixo, esgoto, favelas,degradação cultural, turistas mau-educados e todo tipo de coisas tristes que se possam imaginar. Esse é meu termômetro de estresse!

Pensando nisso, fui pesquisar o que pode ser tratado como indícios do estresse e encontrei esses abaixo. Entre parênteses, meus comentários pessoais.

  • Falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (Vivo o mestrado. Ponto.)
  • Dificuldades para tomar decisões
  • Problemas em cumprir prazos importantes (Quando se tem mais de um trabalho na mesma semana, leituras, discussões e prazos curtos... o importante é cumpri-los, não interessa o que se faz para isso)
  • Sentir fadiga ou sono mesmo tendo dormido o suficiente (Cansaço mental, só na época das férias mesmo é que consegue-se estudar com mais calma)
  • Baixa auto-estima. (Sem receber bolsa, sem emprego por falta de disponibilidade de horário, sem ver os amigos, e longe da família e do lugar que mais amo no mundo... é, é razoável!)
  • O dia de trabalho parece não ser suficiente para realizar todas as tarefas (Por isso que uso as noites e finais de semana também)
  • Tendência a criticar e a discutir
  • Depressão ou desestímulo (Depois de tudo o que disse acima, também parece razoável)
  • Falta de memória (Sem dormir, lendo livros e mais livros por dia, à base de café e energéticos... dá nisso)
  • Ter a constante sensação de que algo está errado ou faltando
  • Comer menos ou mais do que o usual (Às vezes esqueço que não comi nada o dia todo)
  • Fumar, beber ou usar drogas para poder trabalhar (Bom, não fumo, mas tenho bebido café e energéticos, tipo Red Bull, Monsters, para me manter acordada por mais tempo)
  • Palpitações cardíacas irregulares (só quando deixo de dormir e tomo energético para dar conta de estudar sem parar...)
  • Respiração ofegante
  • Dores ou entraves nas costas, ombros ou pescoço (Devido às posições de estudo, a coluna pede arrego!)
  • Pressão sangüínea anormal
(Fonte: http://www.sonhos.com.br/stress.phtml)

Férias??? Só quando o mestrado terminar. Depois, um doutorado para completar! E assim a vida segue, toma seu rumo e chega ao destino esperado! Com alguns problemas, mas...! ;)

sábado, 5 de novembro de 2011

Madrugada

Alguém me disse, dia desses, que preciso dormir bem para conseguir estudar bem. Lembro-me que, na última fase da seleção para o mestrado, quando passei por uma banca, uma das integrantes da mesa (e atual orientadora, Ellen Fensterseifer Woortmann, é importante ressaltar!) dirigiu a mim uma pergunta: "Há algo na sua vida que possa te impedir de estudar de alguma forma? Um namorado, cachorro, papagaio...?". Eu respondi que não. Ali, naquele momento, assinava meu contrato de noites em claro, fins de semana sem muito contato com sol e céu azul. Ali, num ato de loucura extremamente inconsequente, e por ver o interesse da Professora Ellen sobre a Ilha Grande, e como fluía uma conversa informal, perguntei se a banca já tinha acabado, e mostrei meu mapa da Ilha (Que irresponsabilidade! hahaha... não quis nem saber, foi espontâneo demais pra ter pensado se queria ou não fazer isso realmente. Simplesmente aconteceu!). Ali, começava meu mestrado.
Bem, o fato é que produzo mais ficando acordada de madrugada para estudar, apesar do que, tenho dois dias de aulas pela manhã, e fico destruída nesses dias. Tenho tantos materiais a ler, tantos livros em outras línguas, teses e mais teses. Ainda tenho que dar conta da preparação do projeto e de mais dois artigos para o fim do semestre. Como fazer isso estudando de dia somente? Prolongo esse período até quando dá. Por vezes, 5h da manhã. Outras vezes, apenas 3h ou 2h.
Depois disso, a pele começa a ficar sem brilho, olheiras. Pareço uma mestranda louca. Apenas pareço ou me tornei assim? Hmm, isso é um caso a se pensar. Além das "sequelas" aparentes, o corpo está com cansaço acumulado e sinto a gravidade fazendo efeito maior que o comum. Não consigo mais encostar em qualquer lugar sem sentir sono: ônibus, sofá, colo da minha mãe. Bato no canto e capoto, em termos bem populares!
E vem me dizer o que é saudável? A essa altura dos estudos, infelizmente, a saúde não tem sido prioridade! Espero que meu corpo entenda e aceite que isso é temporário! hahaha Tadinho!
Ai, quanta bobagem escrevi a essa hora da madrugada. Só não apago tudo porque um dos intuitos desse blog era escrever justamente as bobagens que me vêm à mente, para que elas não me dêem mais nós de tensão nas costas do que eu já tenho sentido.
Enfim, é isso!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

À beira de um monte de coisas.

À beira de um Seminário sobre Sistemismo, de uma apresentação sobre meu projeto de dissertação. À beira de um ataque de nervos. Mas estou curtindo muito isso. Sou movida a leituras, fichamentos, novos conhecimentos, pesquisas, projetos.

Semana passada, passei tardes na biblioteca da Upis, minha antiga universidade. Em um só dia, li 5 livros, deixei 3 pra trás porque não deu tempo. Sustentabilidade, Teoria dos Sistemas, Etnoconservação, Comunidades, Questão de Gênero, História Oral.

Ai, que gostoso isso tudo! Ficava muito feliz a cada fichamento. Ainda pude reencontrar antigos (e eternos) professores, futuros colegas de profissão (hehehe). Foram eles: Magali Michels, Daniel Junqueira, Raul Torres, Lúcio Carvalho e Vicente Fonseca.

Caso alguém necessite, podem pesquisar os seguintes materiais que estudei nesse tempo (e ainda estou estudando):

Sobre Comunidades Tadicionais:
DIEGUES, Antonio Carlos. Ilhas e Mares. Simbolismo e Imaginário. São Paulo: Editora Hucitec, 1998.  


_____. Etnoconservação. Novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: Hucitec, 2000.

_____. O Mito da Natureza Intocada. 3ª ed. São Paulo: Hucitec, USP, 2000.

WOORTMANN, Ellen Fernsterseifer. O Ambiente e a Mulher. O Caso do Litoral do Rio Grande do Norte, Brasil. In: Latin American Studies, 12, 1992. The Association for Latin American Studies. Tokyo, Japan.

Sobre História Oral:
COSTA, Cléria Botelho da; MAGALHÃES, Nancy Alessio (orgs.). Contar história, fazer História. História, cultura e memória. Brasília: Paralelo 15, 2001.  

THOMPSON, Paul. A Voz do Passado. História Oral. 1935. tradução Lólio Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Sobre Sustentabilidade:
CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. Editora Cultrix. São Paulo, 1996. 

GIANSANTI, Roberto. O Desafio do Desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Editora Atual, 1998.


sábado, 24 de setembro de 2011

Fenomenologia e Ciências Sociais.

Tenho duas semanas para consertar novamente meu projeto de dissertação, até apresentar essa versão - já está na 5ª versão - para as professoras doutoras Marutschka Moesch e Karina, dentro da disciplina "Seminário de Dissertação", além de ter que apresentá-lo à minha orientadora, Ellen Woortmann.
Para essas ocasiões, preciso escolher uma teoria, para, sob sua visão, começar a trabalhar com meu projeto e escolher as técnicas metodológicas da pesquisa científica. Estou lendo muito sobre o assunto, e penso ser a Fenomenologia a teoria mais adequada para meu projeto, que, depois, abordarei melhor aqui no blog.
Nesses meus estudos, listei algumas das características da fenomenologia, que vêm logo abaixo:
- Primeiro, compreende a realidade social. Depois, vem a consciência crítica sobre ela.
- A realidade não é objetiva. Subjetividade: O homem não tem como observar seu semelhante (homem) neutramente, já que é ator como o outro observado.
- No ponto de vista da fenomenologia, a vida cotidiana é a base de qualquer pesquisa, pois nela está a fonte de significado/sentido social.
- Descrição direta da experiência, como ela é na realidade. Designa, dá nome ao objeto, ao processo social.
- Consciência do sujeito através de suas experiências internas.

E, se você se interessar por conhecer melhor a fenomenologia, há alguns materiais que eu li e que, inclusive, você pode encontrar por sites como o 4shared e o scribd, para baixar uma cópia. Enfim, abaixo as obras:

- CRESWELL, John W. Projeto de Pesquisa. Métodos qualitativo, quantitativo e misto.

- DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais.

- HÉBERT, Michelle Lessard; GOYETTE, Gabriel; BOUTIN, Gérald. Investigação Qualitativa - Fundamentos e práticas.

- PANOSSO, Alexandre Netto. Filosofia do Turismo - Teoria e Epistemologia. Editora Aleph, 2005.

- TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à Pesquisaem Ciências Sociais. Pesquisa qualitativa em educação.

Bem, é isso aí! ;)

sábado, 6 de agosto de 2011

Suave Desabafo.

Pensamentos vagam em mim. Pressões internas e externas, ligações, mensagens, cobranças, leituras. Não sei mais o que fazer. A que dar prioridade se tudo me parece tão urgente?

De repente, sobreveio-me um desânimo sem precedentes. Uma força que me tira as forças. Não me recordo de ter passado por isso antes. Mas, claro, nunca fiz um mestrado antes! Orientações semanalmente pontuais, prazo certo para levar leituras feitas, reflexões a fazer, novidades para o projeto.

Além disso, a burocracia de uma instituição de ensino em férias. Poxa, eu não tive férias! E, mesmo que não por isso, uma instituição de ensino em início de semestre, com alunos pedindo informações ininterruptamente, e que não dá muito 'ibope' para os anseios dos ansiosos alunos.

Ainda por cima, um pedido de autorização de pesquisa que não vai, porque depende da burocracia antes mencionada. Estou de mãos atadas, no meio da confusão, sem saber o que fazer.

Os imprevistos me perseguem, o Murphy adora aplicar sua lei, tenho que buscar meios de vencer esse tal de Murphy, antes que ele me vença pelo cansaço. Isso eu não aguento mais! Mas vamos lá, que 'desistir' não existe. Então, o negócio é ir em frente!

sábado, 30 de julho de 2011

É preciso relaxar.

Todos dizem a nós, estudantes, que precisamos nos manter relaxados ao fazer trabalhos, principalmente os assustadores Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), monografias, dissertações, teses, enfim...! Mas nunca ouvi alguém me ensinando a controlar o estresse quando tenho um questionamento aparentemente sem solução e certamente com curtos prazos para isso.

Isso porque, de fato, não há uma fórmula única para não se estressar ou diminuir esse nervoso que nos faz ter fome/ perder a fome, perder o sono, ficar irritados, impacientes, bem neuróticos. Começamos a pensar no projeto o dia todo, chegamos a sonhar com ele, e tudo o que as pessoas normais (é, não posso dizer que somos normais) conversam conosco nos remete ao bendito! E agora? Depois disso tudo, consegue permanecer em sã consciência? Duvido!

Essa situação chega ao ponto de não conseguirmos continuar lendo, estudando. Ontem mesmo, a cada linha lida de um artigo, caía uma lágrima. Cheeeeeeeeeeeeeeeega!!! Baaaaaaaaaaaaaaaaasta!!! Decidi que precisava parar, desestressar. Mas como fazer isso? Sim, algo tem que ser feito. Até o fato de chorar já ajuda em alguma coisa, mesmo que só liberando o peso que se carrega com essa responsabilidade.

Então, faça o que te faz feliz: dormir, sair com os amigos, tomar sorvete, ver filme, andar no parque. No meu caso, como amoooo o sol, vim para minha casa nova (ainda em reforma), e deitei no meio do quintal, peguei um sol bem gostoso ao lado do meu filhote (um pastor belga que já é adulto mas continua sendo meu filhote) Brad, e fiz uma macarronada que adoro fazer, mas troquei a linguiça calabresa por frango, e não tinha louro e cravo pra fazer o molho bechamel. E, apesar dessas trocas todas, o macarrão com molho bechamel e molho vermelho com frango ficou uma delícia!

Preciso dormir, mas só farei isso da melhor forma, na semana que vem, a partir de terça-feira, após minha última orientação antes da viagem do mês que vem, quando será minha pesquisa exploratória na Ilha Grande.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Finalidade.

Primeiramente, gostaria de dizer que este é um espaço para escrever meus anseios e receios, dúvidas, pensamentos, o que vier à mente.

Depois de seis meses no mestrado na UnB, comecei a perceber algumas coisas em mim mesma. Algumas desconexões que precisavam ser acertadas, e só eu conseguiria fazê-lo. Por esse motivo, decidi que escreveria em algum lugar o que desse na telha.

Aqui, não tenho pretenção de usar palavras bonitas e enfeitadas, a menos que, algum dia, eu precise fazer isso. É praticamente um diário-de-bordo, onde quero compartilhar momentos e reflexões sobre o mestrado, uma fase tão difícil porém fascinante e prazeirosa.

"Mestrado Gritante" nada mais é do que isso. Claro que compartilharei descobertas também. Pode ser que minhas dúvidas sejam sanadas por alguém, ou que eu sane as dúvidas de outro mestrando desesperado que apareça por aqui, o que me tem parecido bem recorrente. Resumindo, o que pretendo aqui é manter a loucura de fazer um mestrado em um nível saudável, com pitadas de lucidez, e vice-versa. Abstrair, pirar mas me manter viva e saudável!