Bom, devo pontuar que meu mestrado, minha dissertação, os estudos, as pesquisas em campo são de grande importância para a construção acadêmica e profissional, não apenas por se tratar de um título de mestra, por dar visibilidade ou pelo fato de estar estudando na UnB, o que, pelo menos no Rio (meu lugar de origem), realmente causa um novo olhar. E, de fato, apesar dos defeitos, a Universidade de Brasília é excelente! Vai além disso. Todo esse universo atual em que estou incluída me é importante pelo fato de ter a chance de ajudar a quem precisa, através do olhar da comunidade e por meio de sua voz. Isso é o que acho fantástico. Claro que tenho minha visão crítica sobre os fatos e as mudanças socioambientais e a situação de conflitos imposta a eles no pior estilo "goela abaixo", mas é ainda melhor, mais verdadeiro, mais pé-no-chão falar desses problemas por meio de sua voz (da comunidade).
Ah, não é segredo para ninguém (que me conhece) que sou apaixonada pela Ilha Grande (Angra dos Reis, RJ). Isso está estampado no meu olhar, no meu coração e, há um ano e meio, na minha pele também - expresso em desenho, em tupi, com todas as cores dessa paixão, nutrida desde minha infância. Não sou badieca, caiçara, ilhéu de certidão, mas meu coração - ah, esse coração! - é todo da Ilha.
(Samara, eu e Kauã no Aventureiro. Foto: Deborah Prado)
A Vila do Aventureiro tornou-se um xodó. É um lugar além do lugar. Tem uma alma, um espírito alegre, naturalmente receptivo, onde soltam-se fogos de artifício para os forasteiros que, em festa de janeiro, se achegam para comemorar juntos. Mas no decorrer das pesquisas, descobri a alma do lugar - as pessoas. Eu realmente os amo demais! Tudo o que fazem tem um sentido próprio e, assim, dão sentido ao lugar, aos processos culturais, à natureza que os envolve, ao mundo "de dentro" e "de fora". Tudo tem um sentido além do visto e do dito. A simplicidade e sinceridade de suas ações e sua fala são o que me motiva a continuar estudando, mesmo depois que esse mestrado acabar - o que está perto.
(Eu e Alessandro na roça da Joana. Foto: Deborah Prado)
Bom, está clara a importância que dou a essa minha pesquisa, apesar de eu não ter dito tanto. Tudo o que é conversando com o orientador é importante. Tudo me diz o que eu posso ou não usar na dissertação. As conversas são direcionadoras. Agora me diz, como não ficar nervosa a cada conversa com o orientador? Para mim, isso é estressante sim, e sempre penso em pautas para conversar, em discussões a serem feitas, e que quase nunca sigo (hehehe)!
O que fazer? Aproveitar! Porque sei que isso não dura para sempre, e está bem perto de acabar, já que defendo minha dissertação em dezembro (previsto no meu cronograma, mas...) e, depois, é só pensar no doutorado, porque mestrado mesmo acaba em breve. Por ora, tenho que pensar no sucesso da dissertação, mas antes mesmo disso, a qualificação por que preciso passar para dissertar em seguida!
Vamos lá! Coragem! ;*
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